segunda-feira, 7 de abril de 2014

2º mês de Au Pair

Nossa, como passa rápido!! E ao mesmo tempo: só passou 2 meses?

Algumas meninas tem me pedido para falar como anda por aqui, como foi o começo. Enfim, resolvi falar hoje, depois de 2 meses.

O primeiro encontro com a família

Não adianta passar na sua mente como você vai reagir, o que eles podem fazer... Não adianta!! No treinamento eles até dizem o que você esperar, como falar com as crianças pela primeira vez, e você escuta tudo e pensa: vou fazer isso! Que tolinha.
A mãe e as crianças foram me buscar no hotel, e eles foram os primeiros a chegar para pegar alguma menina. Então estavam todas as meninas, que iam esperar a família no hotel, juntas na recepção, então escutamos vozes de crianças, e passos delas correndo. Ai todas já olharam, e ficavam falando: 'não é a minha!'. Eu fui a última a olhar, e os vi!
As crianças não estavam tímidas (só lembrando: são três meninas, 4, 2 e 3 meses). Usei o velho truque de perguntar a elas quem era o bebê, e elas me falaram o nome, disseram que era a irmã delas, e pronto. No carro, a mãe ligou para o pai, e disse que estava no viva-voz, e que eu já estava com eles. Ele é muito brincalhão e já foi falando comigo: Bem vinda à America! (num Portunhol bem arranhado!). E quando ele chegou em casa também me deu um abraço, assim como a host.

Primeiro momento na casa

A mãe me mostrou algumas coisas do térreo, e pediu que as meninas me mostrassem o resto da casa. No meu quarto, elas disseram: esse era o quarto de fulana (a ex au pair), mas minha mãe disse que agora é seu! Elas são muito agitadas, e falavam tudo, queriam me mostrar tudo, contar tooooda a história de cada cômodo. Disseram até que a ex au pair guardava os sapatos embaixo da cama, e que eu podia fazer o mesmo, desde que deixasse espaço para elas se esconderem em baixo quando a gente fosse brincar de esconde-esconde.
Pensei que quando ficasse sozinha eu fosse chorar, ou algo do tipo: 'caramba, a brincadeira ficou séria!'. Mas não. Eu fui desfazer as malas!! Pensei comigo mesma: quero fazer dar certo, não vou ficar pensando no 'se', vou logo desfazer as malas, e se der errado, eu refaço sem problemas.

A família na real

Nada diferente do que a gente conversou, combinou, ou do que eu vi no Skype. E eles gostam de resolver tudo na real, não mandam recado. Se eu faço algo errado, eles falam. Se eles erram em algo, eu falo. Não existe fórmula de sucesso, mas algo que deu muito certo para mim: não espere muita proximidade deles, porque tudo que vier será lucro.
Sou muito bem tratada, tanto pelos pais, como pelas crianças e o resto da família.

Ex Au Pair

Eu optei por não falar muito com a ex au pair, mandei só um ou dois emails. Não viramos amigas, e eu não me aprofundei muito. Motivos?
1- Eu vejo muita menina que entra em rematch falando: 'eu perguntei tanto a ex au pair como era, e ela não me falou isso. Mentiu para mim.' Então pensei: 'não vai adiantar eu perguntar nada, porque ela pode ser uma mentirosa, querendo se livrar da família'
2- A experiencia de uma não é a mesma da outra, pergunte coisas práticas. A host family perfeita de uma pode ser o inferno para a outra.
3- No primeiro email que a ex au pair me respondeu, eu senti que ela gostava da família, mas não queria que eles pegassem uma nova au pair, e eu não entendi o porquê, até achei que eles não iam me escolher.

Depois de dois meses aqui, eu entendi o que foi que a ex au pair fez, resumindo: ela não estava aqui mais como au pair, a familia realmente gostava dela, e ela tava com outro visto.  Então, suponho eu, ela realmente queria ficar aqui. E não, ela não é Brasileira.

Inverno

Eu peguei o 'final' dele, mas como vocês devem saber esse foi o pior inverno das últimas décadas. Peguei -7°, mas nada comparado com o que o pessoal pegou no começo do inverno.
Realmente, ninguém sai de casa. Você só vê tudo branco. Você começa a achar que você mora numa cidade fantasma. As crianças adoram brincar na neve, mas eu nunca tinha visto, não tinha roupa nenhuma para neve, então com 10 mins de brincadeira com neve no joelho, minha meia já tava toda molhada, minha luva me dava mais frio do que protegia, e as crianças brincando como se não houvesse amanhã. E o meu 'amanhã' era sempre com dor na garganta.
Mas depois de uma semana só saindo com os hosts, e as kids, eu decidi que sairia para andar sozinha pelo bairro. Com neve no joelho, 3 casacos, duas calças, luva, cachecol e gorro. Dei umas patinadas, afinal, meu sapato escorrega na neve. E nossa, como cansa! Pesquisei no Google se tinha algum canto perto para ir, descobri uma 'galeria' com mercado, restaurante, farmácia, e fui para lá. Mas como marinheira de primeira viagem, eu peguei a direção errada, e não chegava no destino nunca. Ai fiquei com medo de começar a nevar, e voltei para casa.

Transição das crianças em relação a nova au pair

É super comum elas trocarem o seu nome com o da ex au pair. E aconteceu comigo também. Acredito que aconteceu menos do que eu esperava, já que as crianças passaram um mês sem ninguém até eu chegar. E hoje em dia elas olham para a mãe e a chamam de Marina, como olham para mim e chamam de mãe. A mãe acha ótimo, até me disse que isso era muito bom, porque mostra que elas gostam de mim, e contam comigo.
Sem falar nos 'I love you' que elas soltam. A do meio é mais tranquila, por só ter 2 anos ela é muito mais fácil de se apegar aos outros. A mais velha não, demorou mais, e ainda tem hora que ela não me obedece (que bondade a minha, na verdade tem momentos raros que ela me obedece de primeira!! E 90% das vezes eu seco a garganta para ela entender que eu que 'mando'), mas recentemente teve um momento ótimo: eu tava off, com a porta do quarto aberta, ela passa pela porta e solta um 'Marina, I love you!', e foi embora!
(sem esquecer dos momentos de 'eu não quero mais falar com você, nunca mais!', afinal são crianças, e elas vão sempre fazer isso!).
Elas sempre me contam: 'a gente fazia 'isso' com a ex au pair, podemos tentar?' Sempre me perguntam alguma palavra nova em Português.
Enfim, elas são muito novas, então não entendem algumas coisas, como:
- O meu trabalho é tomar conta delas;
- Quando os pais estão aqui, eu estou off;
- Au pair, what? Para elas eu sou baby sitter, nem nanny eu sou!! Contei uma vez que eu era a nanny, e elas não sabiam o que era isso.

Dirigindo

É muito tranquilo dirigir aqui na minha cidade. Eu dirigia muito pouco em Recife, e era sempre em ruas mais largas. Aqui não, são ruas com duas faixas apenas, mão e contra-mão, e os carros são enormes.
Então, resumindo: é muito tranquilo dirigir carro automático. Mas se você quer treinar para vir para os EUA, melhore sua noção de espaço, andar em ruas com duas faixas.
Aqui em Massapequa Park, pelo menos, eu não preciso me preocupar com estacionar. As vagas são grandes, até mesmo quando precisa fazer uma baliza, geralmente o espaço cabe um carro de meio, então não sofre muito.
Se você não tem muita experiência, venha para cidades menores, vai ser bem mais tranquilo.

Mala

Pensei tanto nela, foi tanto planejamento. Agora vou contar para vocês o que eu traria mais, e o que traria menos:
- Eu trouxe algumas coisas que me lembram a minha casa. Coisas para enfeitar o quarto mesmo. Não me arrependo.
- Eu trouxe algumas roupas que ainda não usei, como saia, calça de verão. Mas isso é óbvio que ainda não usei porque o tempo não permitiu, mas espero usa-las quando esquentar mais. Ainda não me arrependi.
- Eu não trouxe fotos impressas. Deixei para imprimir mais perto do embarque, quando fui lá, achei muito caro e não imprimi. Aqui tem vários cantos para imprimir fotos, mas ainda não criei coragem para levar para imprimir. Mas me arrependo de não ter trazido.
- Só trouxe duas calças jeans. Hoje eu teria trazido mais. Estou há dois meses aqui e ainda não achei nenhuma calça jeans bacana para comprar. Quem tem um corpo mais 'padrão' vai achar fácil na H&M por menos de $10. Mas meu corpo não é 'padrão'. E aqui é o que uso para trabalhar.
- Não me arrependo de ter comprado mala 'cara'. Elas chegaram aqui inteiras, coloquei capa nelas, e veio tranquila. Algumas meninas compram malas mais baratas, ou indicam comprar malas mais baratas 'porque eles jogam as malas de qualquer jeito e quebram'. Mas pensa comigo: para que os fabricantes iriam fazer malas melhores, se elas fossem quebrar do mesmo jeito que as baratas? Já vi vários casos de meninas que compram malas mais baratas, e quando chegam no aeroporto tem algo quebrado. Imagina carregar malas de 32kg pelo aeroporto com a roda quebrada? Ou pegar um trem do treinamento para a sua cidade com o puxador da mala quebrado? Mas se você só vai trazer 10kg de coisas, compra mala barata mesmo, porque as chances de quebrar são menores.

Documentos

Me disseram muito no Brasil que xerox de passaporte não valia de nada aqui, e eu passava isso adiante. Mas chegando aqui a APIA me fala algo diferente.
Lugar de passaporte e DS é em casa, num cofre. Você só vai andar com seu RG ou CNH + a PID, e a xerox do passaporte e do DS (não precisa autenticar em cartório).
Mas e se eu for abordada por um policial, e ele pedir meus documentos? Se for algo realmente sério, você mostra a cópia para eles, e informa: 'os originais estão na casa da minha host family'. A cópia ,de fato, não serve para muita coisa, mas é um ponto de partida. É muito pior você perder o passaporte numa balada, e ter que tirar toda a documentação novamente. As chances de perder são maiores do que de ser abordada por alguém que vá pedir sua documentação oficial, afinal a sua PID + RG já informam seu nome e sua data de nascimento.
Mas se você for viajar de avião dentro dos EUA, leve o seu passaporte e DS.

Acho que é isso. Parabéns para mim, pelos dois meses, e vamos lá que mais coisas virão.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Treinamento APIA e Como chegar em NYC?

Olá pessoal!

Já estou aqui nos EUA, então deixa eu escrever logo antes que meus dedos congelem!!

O treinamento da APIA está sendo no Double Tree Hotel by Hilton em Tarrytown. Do JFK para o hotel você já tem uma vista da ilha de Manhatan, e fica besta olhando [eu fiquei]. Para muitas, é nesse momento que você de fato acredita que está aqui.

Não vou falar muito do treinamento, pois o meu foi meio reduzido. Tivemos uma tempestade essa quarta-feira a noite, então tivemos que ir logo para a casa da host family. Um breve schedule do treinamento:
Terça-feira: 
8:00 começa o treinamento com diversas orientação
10:00 Breve intervalo de 5 a 10 mins
12:00 Almoço
13:00 Voltamos para o treinamento
16:00 Tour para NYC

Quarta-feira:
8:00 Treinamento de Primeiros Socorros [era para começar mais tarde, mas tinha uma tempestade vindo]
12:00 Almoço e começaram a mandar as meninas para os aeroportos.

Como podem ver, não posso nem dizer que o treinamento foi cansativo, porque teve que ser breve por causa da tempestade. Mas não pensem: 'Que sortuda!!!' Não. Exatamente neste momento estou na frente do PC esperando a continuação do treinamento que está sendo pela internet. Tivemos duas opções de escolha, sábado a tarde, ou domingo fim de tarde. Escolhi domingo fim de tarde por vários fatores, entre eles porque nesse hora vai nevar de novo, e eu não sairia de casa mesmo. Who cares?

Mas então, e o tão sonhado tour por NYC?!

Para quem não sabe, eu estou morando em Massapequa Park, NY que fica em Long Island, 30 mins de NYC de trem. Por esse motivo, minha família não me deu o tour da agência, e nem eu quis pagar $70 para ir com eles. Mas eu já sabia que dava para ir sozinha, algumas amigas já tinham ido, e outra coisa: você é adulta, já chegou nos EUA, por que vai se perder indo sozinha para NYC?

É tudo muito simples, tem vários pontos para você pedir informação, algumas pessoas também lhe ajudam quando percebem que você é nova na cidade, e está meio 'perdida'.

Pedimos um taxi na recepção do hotel, e fomos para a estação de trem [Tarrytown], o taxi deu $9. A passagem custou uns $13. Ela é vendida numas máquinas que tem na estação. Você compra, e lê as placas para ver em qual plataforma deve esperar. O trem termina na Grand Central, você já aproveita e conhece um ponto turístico. É linda a Grand Central, não tem como não se lembrar de alguns filmes e seriados.

Não esqueçam de levar mapas. Na recepção do hotel tem alguns, no JFK também tem. Eu e minha amiga fomos sem mapa, tinha outra amiga que tinha mapa, mas ela ia visitar uma amiga. Com o mapa na mão, você faz seu intinerário.

Por falta de mapa, e pouco tempo, decidimos só ir na Time Square, na Grand Central pegamos o metro para a Time Square $2,75 [também vendido em máquinas]. Estava muito frio, e a gente não tinha roupas adequadas para ficar perambulando o tempo todo. Comemos hot dog na rua, andamos bastante, vimos várias vitrines, fomos na Forever 21, Wallgreen, naquela escada vermelha [não sei se tem nome oficial], comemos, e voltamos para o hotel.

A volta foi bem tranquila, e não entendo o porquê, mas foi mais barata. Pegamos o metro de volta para a Grand Central $2,75, na Grand Central compramos a passagem de trem, como não lembrávamos a linha, só pedimos passagem que fosse para Tarrytown $9,75. Chegando na estação de Tarrytown estávamos com medo de não ter taxi, mas ainda tinha, e o trem chegou na estação umas 10pm. O taxi até o hotel deu $6.

No total gastamos em torno de $35 cada para ir e voltar de NYC.

Algumas dicas:

- Não ache que você vai fazer o mesmo tour que o oferecido pela agência! Isso não vai acontecer. Eles só passam 10, 15, 20 mins em cada ponto. Então, se você nunca foi a NYC, e vai morar do outro lado do país, e não sabe quando vai voltar em NY, faça o tour com a agência. Eles passam por muitos mais pontos. Seja madura e escolha entre quantidade, ou qualidade.
- Antes de embarcar você vai receber vááááários emails da APIA perguntando se você vai fazer o tour com eles ou não. VOCÊ TEM QUE DECIDIR. Se você não marcar nada, ou marcar que não quer ir, você não pode mudar de ideia depois. A gente achava que podia, pois é um link, de um questionário eletrônico, que você nem precisa colocar o nome. Mas chegando no treinamento, eles sabem exatamente quem marcou que queria o tour ou não. Se você marcar que não quer ir, já se organize para ficar no hotel, ou ir sozinha, porque não vai ter outra opção. No meu treinamento, sobrou uma vaga no ônibus, e 5 meninas queria ir de ultima hora, ai eles decidiram fazer sorteio.
- Decida logo com suas colegas o que vocês querem fazer em NYC. Não dá para ficar rodando todos os cantos. Nós iamos no Central Park, mas no trem mesmo desistimos, porque já tinha escurecido, e estava frio, então mudamos a rota.
- Não tentem abarcar todo mundo. No taxi só cabem 4 meninas, não fiquem montando grupos enormes. Lembrem-se: quanto mais gente, mais difícil vai ser para decidirem o que querem fazer. Se tiverem muitas meninas querendo ir, tentem dividir os grupos de acordo com o interesse de vocês na cidade.

Algumas curiosidade sobre o embarque/treinamento:

- Aquela camisa linda  que a Experimento lhe dá, nunca foi obrigatória!! Poucas meninas usam, e só as meninas do BR que recebem. Não se preocupem, quando você desembarca no aeroporto, tem uma pessoa da APIA com uma placa rosa, agitando, tentando chamar sua atenção. E fica até fácil identificar as BR desembarcando, fazer o que se a gente só anda em 'bando'. ;)
- No hotel do treinamento, se você for vegetariana, é só solicitar aos garçons comida vegetariana. Como tivemos que ir para a casa das HF mais cedo, nosso almoço na quarta-feira estavam empacotado, para facilitar a vida de quem ia para aeroporto. Tinha refeições para vegetarianas também, mas fica difícil manter organizado com 103 meninas tentando escolher uma refeição. Mas sempre tinha comida para vegetarianas nas refeições.
- Nunca se atrasem para o treinamento. Quando dizem '5 minutos de intervalo', são '5 minutos de intervalo'. Eles não suportam atrasos, principalmente o homem que dá o treinamento de Primeiros Socorros. Ninguém saiu do Brasil para levar 'chamada' na primeira semana, não é?
- Perto do hotel tem restaurante, lojas. Algumas meninas foram, eu não tive tempo. Mas elas disseram que a comida é barata, e boa. [Lembrando que você não precisa fazer nenhuma refeição fora do hotel, estão todas inclusas.]

Bom pessoal, por enquanto só me lembro disso. Depois vou falando mais para vocês. Boa sorte para todos [quem vai tirar visto, quem está procurando família, quem está embarcado.]

E antes que me pergunte: Quando sua ficha caiu, Marina? Ela ainda não caiu. Ela cai um pouco por dia, mas não tive aquele 'feeling' de 'estou finalmente nos EUA'. Acordo todo dia, e olho para um lado e para o outro para ver se não foi sonho!! Ou melhor, olho para a janela e vejo tudo branquinho, e penso: Ok, no Brasil está um inferno, não iria ter neve!! ;)

Até mais!! =*

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O que fazer depois do match?

Depois que você finalmente acha a família, eles pedem match, a agência [no caso a APIA] lhe manda o email lhe parebenizando. O que devemos fazer?!

Na APIA o processo é o seguinte: eles vão lhe mandar uma papelada de Londres para a sua casa com algumas informações, o DS2019, o comprovante de pagamento da taxa SEVIS, intruções de como preencher o DS160 [em inglês], carta do programa, e uma folha informativa para você conferir o visto quando ele chegar.

O problema é que essa papelada demora em média 10 dias para chegar na sua casa, só quando seu match é muito próximo da data de embarque é que essa papelada chega mais rápido. Nos dois casos, ninguém quer perder tempo, então vou dar umas informações para vocês irem ganhando tempo.

O que fazer enquanto espera a papelada chegar?

Vá tirando alguns documentos:

- PID: Permissão internacional para dirigir. A forma de solicitar varia de acordo com o Estado que você mora no Brasil. Aqui em PE a gente solicita pela internet, paga o boleto, e 7 dias depois vai pegar. Em outros Estados tem uns 'orgãos facilitadores' onde você solicita, as meninas falam muito num tal de Poupa-Tempo. ATENÇÃO: Ganhar tempo tirando a PID só vale para o pessoal que tem tempo antes da CNH vencer, se você está com a definitiva perto de vencer, tem como renovar antes do prazo. Se a sua ainda é a permissiva, procure saber se pode renovar antes. A PID VEM COM A MESMA VALIDADE DA CNH.

- Procuração: Acho importante deixar uma procuração para alguém, você tendo bens ou não. Tire um dia e vá em um cartório tirar isso. Existem alguns modelos que você digita, coloca os itens que você quer e vai só reconhecer fima no cartório, o que faz o preço final cair absurdamente. Mas se você tem bens, conta no banco, é melhor deixar uma procuração de cartório mesmo, para não ter dor de cabeça.

- Documentos da faculdade/escola: Dependendo do que você vai estudar lá nos EUA, e o que você já estudou aqui, talvez lhe peçam alguns documentos. Aproveite esse tempo 'livre' para ir solicitando. ;)

- Documentos para o dia do visto: Aproveite esse tempo para ir juntando alguns documentos para levar no dia do visto, documentos que comprovem que tem vínculo. Na minha entrevista, quanto mais papéis eu colocava na pasta mais segura eu ficava 'Oras, tenho esses vínculos todos, não tem por que ter visto negado'. E segurar aquela pasta me passou uma segurança. Alguns documentos que indicam para levar [seus ou dos seus pais]: imposto de renda,  extrato da conta no banco, documentos da faculdade, documentos do trabalho, documentos de imóveis, documentos de carros. Obs: Lógico que você só leva o que tem. Não vai endoidar porque não tem carro nenhum na família, e você não vai levar documento de carro. Cada caso é um caso no consulado.

Vá aprontando a mala:

- Comprar mala: Algumas pessoas só compram a mala depois do match, então aproveite para ir fazendo suas pesquisas. Alguns site tem preços muito bons, vá pesquisando, que dá tempo de comprar pela net.

- Itens da mala: Aproveite que está resolvendo várias coisas, e coloque a lista das coisas que você quer levar no seu bloquinho. E vá eliminando itens aos poucos, e ganhando tempo. E antes de comprar algo, sempre se pergunte: 'Eu realmente vou usar isso nos EUA?'. Se ficar na dúvida, não compre!! Lá você vai ter oportunidade de comprar por preços melhores.

Comece uma arrumação no seu quarto:

Essa deveria ser a primeira dica. Mas depois que você procurou papeis, e tentou começar a arrumar a mala, você deve ter percebido que seu quarto está ficando cada vez menos habitável. Portanto, se a coragem ainda não chegou, se force a arrumá-lo.

- Comece limpando seus papeis. Sabe aquele caderno lindo que você tinha da época do colégio, que você fez resumos maravilhosos, e nunca teve coragem de jogar fora?? Ele já deveria estar no lixo há anos. Jogue fora!! Tudo que você tem guardado você se pergunte: eu precisei disso por esse tempo? Vou precisar quando voltar dos EUA? Se as respostas forem 'não', lixo!! Nessa arrumação dos papéis você pode achar mais papéis para levar para o consulado.

- Arrume seu guarda-roupa: Chegou a hora de dar fim aquelas roupas que estão guardadas há anos. Tem muita coisa? Monte um bazar, dê para uma amiga, uma prima, uma irmã. Não deixe muito coisa guardada para 'quando voltar usar'. Você não usou nos últimos meses, e não vai usar quando voltar dos EUA. DESAPEGO é a palavra do momento para roupas.

- Não esqueça de guardar lembranças. Eu sou mestre nisso. Não se desapegue total das coisas. Reserve uma caixa e vá guardando coisas que lhe trazem lembranças boas de toda sua vida. É bom, em momentos difíceis, tristes, você abrir uma caixa que só lhe lembra coisas boas, isso nunca é demais. E porque não levar algumas pequenas com você? Mas pequenas msm, tipo bilhetes, cartinhas, fotos, essas coisas.

Faça amizades:

O mundo é enorme!! Você acha que o 'grupão' tem muita gente?! Vá atrás de outros grupos no Facebook. Fale com pessoas que vão morar na sua cidade. Vá atrás de meninas de outras nacionalidade que vão fazer o treinamento com você. Faça amizade com as brasileiras que vão com você. O mundo é enorme, cheio de gente diferente, e faz parte do seu programa você amadurecer, conhecer gente diferente, conhecer outros pontos de vista, e também aprender que só porque uma pessoa discorda de você não quer dizer que ela está errada! Seu programa já começou, suas experiências também, vá crescer!!! ;)



Eu acho que é isso. Antes do visto, treine as perguntas. Você acha diversas listas pelos blogs. Mas elas são basicamente: o que você vai fazer, onde vai morar, o que vai fazer quando voltar. As perguntas giram nessa órbita. Lógico, cada caso é um caso, e eles podem perguntar coisas diferentes, mas esse é o fator surpresa. Respire fundo, e mentalize: 'Eu vou lá pegar meu visto, porque ele já está aprovado!' E boa sorte.

É isso. Embarco esse fim de semana, e ainda não acredito que vou. Já vi tanta gente embarcando que parece que, de fato, só acontece com os outros. Mas vamos lá, coração a mil, emoções são tantas que nem sei por onde começar!

Boa sorte para todo mundo, e nos vemos nos EUA! Até mais! ;)


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Vida pós match!

Eu gosto tanto de escrever que fico fazendo rascunhos de publicações, e quando vejo tenho várias coisas para publicar. Ai para não perder a ordem cronológica, eu sai postando e deixei esse para hoje.

Como eu já publiquei em alguns grupos:
Sim, eu tive match.

Para os curiosos de plantão:
- Massapequa Park, NY
- 3 meninas (4, 2 e new born)
- Schedule ótimo para mim [dá para estudar e viajar bastante]
- APIA

Em relação a família: Eu gostei deles, caso contrário não teria feito o match. Não foi a primeira família a me pedir match, e sim a primeira família que eu gostei e também pediu match. A família é perfeita? NÃO EXISTE ISSO. A sua família no BR é perfeita? Então não procure algo que nem você consegue 'fazer'.


A família é boa, sabe as regras do programa. Já teve outras au pairs, a última ficou por 2 anos. Os hosts foram bem sinceros com muitas coisas, nem precisava eu perguntar, eles já falaram sobre coisas que todo mundo pergunta: carro, curfew, visitas em casa, beber. Isso tudo sem eu perguntar, e eu gostei das respostas. Eles são divertidos.


As kids são lindas, peraltas. Fiz skype com as três [sim, a newborn sempre tava quando a host estava, lógico], e depois fiz outro com as mais velhas. Cantamos, elas me mostraram que sabem pular como sapos, conversamos, tentamos brincar, e elas foram dormir.

O pedido de match demorou um pouco. Os hosts são do tipo que não tomam decisões importantes no calor da emoção. Eles sempre me mandavam emails com perguntas, e eu para eles, e o host sempre dizia: "tire alguns dias para pensar se você tem mais perguntas, responderemos todas para vocês". Até quando pediu o match, ele disse: "queremos você aqui para ser nossa nova au pair, pense por um dia ou dois, e depois nos responda". Entre o primeiro contato e o pedido de match, passamos mais de 20 dias, não foi o contato mais demorado que já tive, mas também não foi um match fácil de sair.

E depois do match, o que acontece?
Tirar o visto. Na APIA a gente tem que esperar chegar umas documentações de Londres para preenchermos o DS160 [documento que preenchemos com algumas informações necessárias para tirar o visto].

Já que esse post é mais 'falando da vida de Marina, por Marina Gomes', eu vou adiantando: já tirei o visto. E lógico que ele foi aprovado. Fiquei nervosa, passei uma semana sem dormir, tive pesadelos. Normal. Mas depois que passa, 90% das nervosas dizem: é uma besteira. E eu também vou entoar o coro: é uma besteira. Mas eu tive sorte, a entrevista foi toda em português, ele só me fez umas 6 perguntas antes de assinar o DS, e ficou me perguntando algumas coisas para preencher o relatório dele.

Embarco dia 10/02 para New York, as malas já estão quase prontas. Já estou com todo o resto pronto, e ainda não acredito que vou. É como se nada tivesse mudado. Ainda não acredito. Espero acreditar em breve!! hehehehehe


Até o próximo! ;)

P.s.:o próximo post vou tentar fazer um esquema das coisas que precisamos fazer do match ao embarque! ;)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Mala - Kit remédios

O tal dos remédios!!

Alguns falam que não pode entrar nos EUA com alguns deles, outros dizem que não tem problema nenhum. Mas na realidade ninguém sabe de fato, e não tem em canto nenhum dizendo se pode ou não. Mas sempre ficam as mesmas dúvidas: o que levar? O que eu encontro por lá? O que eu posso comprar sem receita lá nos EUA? O que eu só posso comprar com receita?

Antes de embarcar, minha irmã fez uma lista enorme dos remédios que queria levar, e minha mãe comprou todos para mim e para ela. Confesso que não sei para que serve a maioria deles, e sei que se precisar vou ter que ligar para alguém ou procurar na net qual devo tomar. Sou daquelas que evita ao máximo tomar remédio.

Bom, a mala da minha irmã não foi aberta. Ela colocou todos os remédios num saquinho de tule transparente, e entrou nos EUA com todos: Eno, Buscopanfem, Nimesulida, calmante fitoterápico, pomada para picada de insetos, Plasil, Imosec, Coristina, Dorflex, Floratil, Dramin, Allestra, entre outros. Eu estou levando esses também, e mais um para estômago.

Eu pedi a ela que me mandasse alguns remédios que ela encontra de fácil acesso nas farmácias dos EUA. Para você ficar tranquilo por deixar alguns itens no BR.;)


Advil $13,99 - Para quem não sabe, a composição dele é a mesma das capsulas de Buscopan Fem [pelo menos no BR]

Aspirina $9,49

Benadryl $6,49 - Anti-alérgico

 Ibuprofen $22,99 - Febre e dores leves e moderadas, associadas a gripes e resfriados,
dor de garganta, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, cólicas
menstruais, dores musculares e outras.

  Salonpas $9,79

Tylenol $10,99

Algumas dicas:

- Não espalhem os remédios para burlar o raio-X. Coloque todos numa bolsinha só, e deixe de fácil acesso. Se forem 'bombar' seus remédios, eles podem mandar você abrir a mala e catar todas as cartelinhas perdidas;

- Receitas: Elas não garantem que você vá entrar nos EUA com seus remédios. A mesma regra de cima se aplica aqui, se eles forem 'bombar', eles vão bombar até com seus remédios com receitas em inglês. 

Espero ter ajudado vocês, ou pelo menos mostrado a grande 'loteria' que é ir para os EUA com remédios. Há quem diga que nunca foi barrado, e também quem não conseguiu levar nem uma cartela de Tylenol com receita.


Até o próximo post. ;)

P.s.: Um link para vocês de outro blog com dicas de remédios 'substitutos' nos EUA.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Processo Au Pair: Famílias

Como alguns de vocês sabem, na APIA a au pair pode ter mais de uma família no perfil. Algumas dizem que pode ter até 5, outras dizem que é até 6. Mas enfim, é mais de uma, e é isso que importa! [#desespero hehehehe].
Quando as famílias entram no nosso perfil, recebemos um e-mail, mais ou menos assim:

"A Host Family is interested in your application. Please log into your Au Pair in America website to view all current Interested Families." - Email automático

OU:


"Hello from the US office of Au Pair in America!

Some of our host families are interested in your application – please check the “Interested Families” area of your Au Pair in America site daily.  If you are in contact with a family you would like to match with, please let us know.  If you can no longer see the family you are interested in on your site, get in touch so we can see if they are still available.  We want to help you match as quickly as possible, so don’t just wait, contact us!" - Email 'automático' que a Alli manda.

Gravem bem esse nome, se você é da APIA: Alli. O nome dela é Allison, e ela é quem é responsável pelo placement. É com ela que você fala quando você está em contato com uma família e está gostando, ou quando a família lhe mostrou um schedule contra as regras. Enfim, depois que você fica online, até o seu match, é com Alli que você vai falar. E ela lhe responde com no máximo 24h.
Ok, você recebeu o e-mail dizendo que tem família no seu perfil, já se levantou da cadeira, fez a dança da vitória, e já publicou em todos os grupos do facebook. Pronto, agora você faz o login no seu perfil, e vai ver as informações da família.
Não espere muita informação, isso vai depender da família. O que aparece para você, geralmente, é: 
- Essay: uma carta com conteúdo livre, que nem a sua letter para a host family, com as informações que eles quiseram passar para você.
- Fotos
- E-mail
- Nome e idade das kids
- Nome da família
- Cidade
- Pets
Com toooodas essas informações, você quer saber mais o que? Brincadeirinha. A quantidade de perguntas só aumenta, nunca diminui.
Todas as famílias que entraram no meu perfil me mandaram e-mail de imediato. Pode acontecer da família entrar, e só mandar e-mail com algum tempo depois. Se isso acontecer, você manda um e-mail para a família. Lógico. Você não vai parecer desesperada. Você manda um e-mail com uma breve apresentação [lembre-se: eles tem acesso a sua letter, não vá encher linguiça!]. 
Eles ainda não fizeram contato? Lembra da amiga Alli?! Mande um e-mail para ela: "E ai, família X está no meu perfil, gostei da essay deles, mas não consigo contato. Você poderia checar se meus e-mails estão chegando para eles?" Lógico que em Inglês, e sempre muito educada! ;)
Se a família não fizer contato, ou você não gostar do perfil dela, deixe Alli saber. Mas não se preocupe em pedir para tirar, afinal você ainda pode receber mais 4 famílias no seu perfil. Mas se quiser tirar... fale com Alli.

Todas as famílias saem do perfil com aproximadamente uma semana. Então não precisa se desesperar pedindo para tirar, caso não tenha gostado. Ou chorar litros caso a família tenha saído e você super gostou deles. No segundo caso, mande um email para a família, continue a conversa, se eles responderem, você comenta que não estão mais no seu perfil. Mas estar no perfil ou não é um mero detalhe, o importante é manter contato. ;)

Só um detalhe: Você também pode ter família no perfil e não receber o e-mail! Triste, eu sei. Então, se vai quebrar o F5 [botão usado para atualizar a página da internet], se dedique a quebrá-lo na página do seu perfil. ;)

É isso pessoal, espero ter ajudado. Aconteceu algo diferente disso com vocês no processo de 'Família no perfil'?

Beijos.

P.s.: Só para lembrar... O que eu relato aqui é minha experiência. Não trabalho em nenhuma agência, só conto o que vivi. Quando eu conto a experiência de outra pessoa eu deixo claro que não é minha! ;)